Notário brasileiro será o responsável pela representatividade dos nove notariados da América do Sul na Comissão continental da UINL
O notário brasileiro Ubiratan Guimarães foi eleito vice-presidente para a América do Sul da Comissão de Assuntos Americanos (CAAm), órgão da União Internacional do Notariado (UINL), para a legislatura 2020-2022.
Formado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto e com especialização em Direito Notarial pela Universidade de Salamanca, Espanha, Ubiratan Guimarães foi presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP) de 2008 a 2011 e presidente do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF) entre os anos de 2011 e 2016. Atualmente é presidente da Academia Notarial Brasileira (ANB), secretário geral da Associação de Notários e Registradores do Brasil – Anoreg-BR e 1º Tabelião de Notas e Protesto de Barueri (SP).
As Comissões da União Internacional do Notariado são encarregadas de temas técnicos e jurídicos que envolvam o notariado de seus respectivos continentes e são as seguintes: Comissão de Assuntos Africanos, Comissão de Assuntos Americanos, Comissão de Assuntos Europeus e Comissão de Assuntos Asiáticos; além destas, há também as intercontinentais: Comissão Internacional de Cooperação Notarial, Comissão Consultiva, Comissão de Temas e Congressos, Comissão Notarial de Seguridade Social, Comissão Notarial de Deontologia e Comissão de Direitos Humanos.
Em entrevista exclusiva para o CNB/CF, Ubiratan Guimarães fala sobre a importância de o Brasil acompanhar os movimentos internacionais do notariado e os principais objetivos da CAAm para a atual legislatura.
CNB/CF – Qual a importância de o Brasil estar presente na UINL?
Ubiratan Guimarães - Em 1948, quando a União Internacional do Notariado foi fundada, o notariado brasileiro estava presente. Desde então, estamos dedicados aos eventos, reuniões e às decisões mundiais do notariado do tipo latino, que atende a mais de dois terços da população mundial. Fazer parte da UINL é de fundamental importância para o notariado brasileiro. Durante os eventos que são realizados pela União, temos a oportunidade de conhecer as realidades e interagir com outros países, trocando as experiências vividas no desempenho da atividade notarial.. Essa troca de ideias é de extrema importância para o desenvolvimento do notariado brasileiro. Fazemos parte de uma entidade que hoje congrega 89 países membros, e muitos deles possuem práticas culturais, religiosas e políticas diferentes do Brasil, entretanto, quando o assunto envolve notariado, emergem as semelhanças que nos unem nos mesmos propósitos de proporcionar segurança jurídica nas relações sociais e interpessoais..
CNB/CF – Como foi receber a notícia da sua eleição?
Ubiratan Guimarães - É uma grande honra poder atuar na representação da América do Sul, na Comissão de Assuntos Americanos, além de ser uma grande responsabilidade. Sou grato por ter sido escolhido pelos meus pares, poder contar com a confiança do presidente da entidade, meu amigo notário David Figueroa, da Cidade do México e, sobretudo, da presidente do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil, minha particular amiga notária Giselle Oliveira de Barros, de São Paulo.
CNB/CF – Quais são os seus principais objetivos para a legislatura?
Ubiratan Guimarães – Tenho agora a missão de levar à Comissão de Assuntos Americanos os principais acontecimentos que envolvem o notariado da América do Sul. Desta forma, seguindo orientação do presidente e sob seu comando, pretendo fazer visitas aos nove notariados de nosso continente, conhecer suas realidades, aflições e também as inovações que podem servir de inspiração para muitos outros países do mundo, particularmente o Brasil. Assim, ao promover este intercâmbio de conhecimento, pretendo contribuir com o desenvolvimento do notariado brasileiro.
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